sexta-feira, 26 de junho de 2015

IES no Brasil a partir do século XX

Tipos de Instituições de Ensino Superior no Brasil a partir do século XX

Escola de Medicina na Bahia, a mais antiga do brasil, no incio do século XX, Salvador.


Escola Central, antecedente  da escola  Politécnica do Rio de Janeiro, 1870

Aspecto atual do prédio projetado em 1881 por Paula Freitas para sediar a Universidade Pedro II, Rio de Janeiro
O prédio do atual Palácio Universitário noséculo XIX, período em que foi sede do Hospício Pedro II. O edifício foi doado somente em 1949 para a Universidade do Brasil.

Fonte: Google Imagens.

Universidade x Faculdade

  Universidade vs Faculdade

         Antes de escrever sobre a diferença entre universidade e faculdade é interessante saber como se classifica uma instituição de ensino superior  no Brasil, Segundo a MRE (Ministério de Relações Exteriores), elas podem ser públicas ou privadas. As instituições públicas de ensino são aquelas mantidas pelo Poder Público, na forma federal, estadual ou municipal, essas instituições são financiadas pelo Estado, e não cobram matrícula ou mensalidade. Já as IES (Instituição de Ensino Superior) privadas são administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, com ou sem finalidade de lucro. Diante dessa classificação as instituições também possuem denominações diferentes que são as  Universidades, Faculdades e Centros universitários, no entanto iremos nos ater apenas no que difere a universidade da faculdade levando em consideração suas principais características.
        As universidades são instituições de ensino consideradas mais completas  por possuir uma lista extensa de cursos que abrangem diferentes áreas do conhecimento, isso porque possui autonomia para criar cursos sem precisar pedir  autorização do MEC, facilitando o leque de disponibilidade de graduação em várias áreas, além de oferecer também pesquisas e extensões essenciais para aqueles que almejam seguir carreira acadêmica ou ser um pesquisador da área. É importante saber que para ser considerado universidade é necessário que o estabelecimento oferte pelo menos quatro cursos de pós graduação stricto sensu sendo que um deles obrigatoriamente tem que ser doutorado e que um terço do corpo docente seja composto por doutores e metres devendo nessa mesmo proporção ter contrato de trabalho em tempo integral. 
          Já as faculdades por serem na maioria das vezes menores e possuírem poucos cursos em relação às universidades são mais especificas e não apresentam autonomia para conferir títulos e diplomas e nem criar cursos, devendo ser registrados por uma universidade. Além disso, não tem a função de promover a pós-graduação, o seu principal papel é formar o profissional direto para o mercado de trabalho não se envolvendo muito com a realização de programas de incentivos a pesquisas e projetos. É um estabelecimento focado apenas em uma área de ensino, como ciências exatas, saúde, tecnologia, por exemplo,  e  o corpo docente das faculdades precisam ter apenas pós graduação lato sensu. 
         As diferenças e características são diversas, as faculdades no geral são menores que as universidades. Especializadas em alguma área de atuação elas tendem a ter menos alunos e um corpo docente menor, essas características podem ser mais adequadas para aqueles que têm pouco tempo disponível ou preferem uma relação mais íntima entre a instituição e o aluno. Já as universidades são maiores, podem possuir vários campi e possuem cursos em várias áreas do conhecimento. Geralmente, disponibilizam variados cursos, especializações, grupos acadêmicos, professores mais qualificados, etc. Universidades são boas para aqueles que querem mergulhar na graduação e estudar para valer, se inscrever para os cursos, participar de feiras e realizar pesquisas e projetos. No final as duas instituições possuem o mesmo propósito que é formar o aluno em alguma graduação específica, cabendo ao indivíduo decidir qual instituição irá suprir melhor suas expectativas. 


Fonte: http://www.ipae.com.br/et/22.pdf
Fonte: http://conceito.de/faculdade
Fonte: http://noticias.universia.com.br
Fonte: http://www.infoescola.com

Documentários: Ilha das flores e Boca de lixo

                           REFLEXÕES: "ILHA DAS FLORES" E "BOCA DE LIXO"

       No primeiro dia de aula do componente curricular Universidade e Sociedade assistimos dois vídeos bem interessantes onde no final discutimos um pouco sobre os vídeos e depois nos foi proposto produzir um texto sobre  "O papel do sujeito no mundo em relação a como ele se vê"  relacionando-o aos documentários.

Vitimismo e protagonismo são assim que ambas as histórias retrata o papel do homem na sociedade moderna do século XXI, vitimismo no curta-metragem “Ilha das flores” onde o homem passa a ter o papel de excluído da sociedade por não possuir identidade e o que se considera o mais importante, segundo o curta-metragem, o dinheiro, passando sobreviver dos restos de lixo que nem sequer serve para os porcos. Já no documentário “Boca de lixo” o homem passa a ser o protagonista da história sendo idealizado como precursor de seu próprio destino, que vive do lucro advindo da venda do lixo e que não tem vergonha do “trabalho” que eles realizam.
No curta-metragem Ilha das Flores o individuo é retratado como a vítima da sociedade capitalista onde quem não possui dinheiro não é ninguém, esses indivíduos que não possui renda são considerados assim, pois os mesmos não tem escolha para mudar de vida, estão presos em uma cadeia sem grades e nem paredes, dependem da boa vontade de outras pessoas para se alimentar dos restos de alimentos considerados impróprios até para os porcos. Para quem vê essa situação chega a ser desesperador pensar em como o homem consegue diminuir tanto o seu semelhante, e é mais desesperador ainda por perceber que essas pessoas que não mudam de vida não conseguem sair dessa prisão imposta por um sistema devorador chamado capitalista. O Curta nos faz pensar que aquelas pessoas estão acostumadas com o papel a que lhes foi dado e assim vivem suas vidas naturalmente sem pretensão nenhuma em  obter um roteiro diferente e melhor para viver.
Já no documentário “Boca de Lixo”, embora retrate a realidade de pessoas que precisam do lixo para conseguir renda, não coloca o homem como mais um coitado que não tem escolhas na vida, mas essas pessoas são retratadas como o criador do próprio destino onde tem escolhas e são livres para fazerem o que quiserem. Neste filme o indivíduo usa o lixo, material sólido considerado sem utilidade pelas pessoas que as descartam, como fonte de renda e lucram com a venda desses resíduos, esses indivíduos se veem como pessoas honestas e mostram-se orgulhosos pelo trabalho que exerce, mesmo trabalhando em um ambiente cuja poluição visual é extrema, o nível de insalubridade é altíssimo, e o odor muito desconfortável, eles  não relatam que estão insatisfeitos com aquela situação, claro que podiam está melhor, mas não repudiam a forma de vida que encontraram para conseguir sobreviver.
                Diante do que foi exposto fica evidente que o lixo possui dois papéis importantes na vida de cada individuo retratado de forma diferente em cada filme, no curta-metragem o lixo retrata miséria onde o individuo não possui escolhas para mudar de vida, e no documentário o lixo gera lucro e é essencial na vida daqueles catadores. Portanto como diz Frank Miller: “O homem é o arquiteto de seu próprio destino” sendo assim o sujeito tem o papel de trilhar o seu próprio caminho mesmo enfrentando dificuldades nas suas escolhas.

Segue o link dos vídeos:

Ilha das Flores

Boca de Lixo