No primeiro dia de aula do componente curricular Universidade e Sociedade assistimos dois vídeos bem interessantes onde no final discutimos um pouco sobre os vídeos e depois nos foi proposto produzir um texto sobre "O papel do sujeito no mundo em relação a como ele se vê" relacionando-o aos documentários.
Vitimismo e protagonismo são assim que ambas as
histórias retrata o papel do homem na sociedade moderna do século XXI,
vitimismo no curta-metragem “Ilha
das flores” onde o homem passa a ter o papel de excluído da sociedade por não
possuir identidade e o que se considera o mais importante, segundo o
curta-metragem, o dinheiro, passando sobreviver dos restos de lixo que nem
sequer serve para os porcos. Já no documentário “Boca de lixo” o homem passa a
ser o protagonista da história sendo idealizado como precursor de seu próprio
destino, que vive do lucro advindo da venda do lixo e que não tem vergonha do
“trabalho” que eles realizam.
No curta-metragem
Ilha das Flores o individuo é retratado como a vítima da sociedade capitalista
onde quem não possui dinheiro não é ninguém, esses indivíduos que não possui
renda são considerados assim, pois os mesmos não tem escolha para mudar de
vida, estão presos em uma cadeia sem grades e nem paredes, dependem da boa
vontade de outras pessoas para se alimentar dos restos de alimentos considerados
impróprios até para os porcos. Para quem vê essa situação chega a ser
desesperador pensar em como o homem consegue diminuir tanto o seu semelhante, e
é mais desesperador ainda por perceber que essas pessoas que não mudam de vida
não conseguem sair dessa prisão imposta por um sistema devorador chamado
capitalista. O Curta nos faz pensar que aquelas pessoas estão acostumadas com o
papel a que lhes foi dado e assim vivem suas vidas naturalmente sem pretensão
nenhuma em obter um roteiro diferente e
melhor para viver.
Já no documentário
“Boca de Lixo”, embora retrate a realidade de pessoas que precisam do lixo para
conseguir renda, não coloca o homem como mais um coitado que não tem escolhas
na vida, mas essas pessoas são retratadas como o criador do próprio destino
onde tem escolhas e são livres para fazerem o que quiserem. Neste filme o
indivíduo usa o lixo, material sólido considerado sem utilidade pelas pessoas
que as descartam, como fonte de renda e lucram com a venda desses resíduos,
esses indivíduos se veem como pessoas honestas e mostram-se orgulhosos pelo
trabalho que exerce, mesmo trabalhando em um ambiente cuja poluição visual é
extrema, o nível de insalubridade é altíssimo, e o odor muito desconfortável, eles não relatam que estão insatisfeitos com
aquela situação, claro que podiam está melhor, mas não repudiam a forma de vida
que encontraram para conseguir sobreviver.
Diante
do que foi exposto fica evidente que o lixo possui dois papéis importantes na
vida de cada individuo retratado de forma diferente em cada filme, no
curta-metragem o lixo retrata miséria onde o individuo não possui escolhas para
mudar de vida, e no documentário o lixo gera lucro e é essencial na vida
daqueles catadores. Portanto como diz Frank Miller: “O homem é o arquiteto de seu próprio destino” sendo assim o
sujeito tem o papel de trilhar o seu próprio caminho mesmo enfrentando
dificuldades nas suas escolhas.
Segue o link dos vídeos:
Ilha das Flores
Boca de Lixo
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